50 coisas que aprendi nos meus 50 anos de carreira #05
Acontece naturalmente, não precisas de fazer grande coisa. Quando dás por ti, estás a escolher as tuas guerras e não gastas mais energia com o que já não é importante para ti.
Chegamos a uma certa idade e acontecem duas coisas engraçadas:
1. deixamos de nos chatear com certas coisas, porque não valem a pena e nem sabemos porque é que alguma vez no arreliámos com isso.
2. começamos a arranjar tempo e disposição para nos chatearmos com outras que, digamos assim, nos irritam solenemente e já não dá mais para lidar.
No caso 2. podemos questionar e perder tempo. Por exemplo:
- comecei a perder tempo a questionar empresas tech internacionais que não emitem faturas com NIF ou NIPC.
Justiça seja feita, essas empresas, pela minha experiência, até têm um serviço de apoio ao cliente como deve ser e encaminham as reclamações. À conta disso já algumas coisas mudaram nas suas práticas fiscais, por isso é importante não desistirmos de dar-lhes feedback.
Ou podemos simplesmente riscar da nossa vida. Por exemplo:
- deixei de ir a sítios sem serviço de multibanco (só se for apanhada desprevenida e não me apanham segunda vez), a estabelecimentos comerciais e a profissionais que não passam faturas e é assim tudo "amigável" e "cool", e ainda são capazes de defender o estado social e dizer que são de esquerda (não sei lidar).
Ora, se a minha esteticista e donos de simples tascas, e tantos outros micro-empresários e pequenos negócios, cumprem, porque não hão-de outros também cumprir a sua parte? Custa a todos.
Escolham as vossas guerras e as vossas "desistências", mas escolham mesmo. A vida é rápida.
Demasiado rápida... concordo, inteiramente, com a visão da "coisa", pelos olhos maduros dos 50!